Desde
que a primeira ambientalista da era moderna - Rachel Carson ao escrever “Primavera
Silenciosa” (Silent spring, 1962), narra e denuncia em seus dezessete capítulos
a contaminação das águas e solo, morte de peixes e pássaros pelo uso
indiscriminado de pesticidas (sobretudo o DDT
e dieldrin) e todos os impactos ambientais negativos decorrentes da
ignorância humana, vivemos em ciclos continuados e reativos aos acontecimentos
onde o meio ambiente é sistematicamente agredido. Ocorre que, assim como os
cenários econômicos e de governança se alteram com o passar do tempo, o
movimento ambientalista vem sofrendo mudanças sejam em seu discurso, comportamento
e estratégias de enfrentamento e resolução dos conflitos em curso ou já
instalados e pela busca de relevantes informações científicas que sustentem
nossas defesas em prol da natureza e de seus recursos naturais, garantindo que
nossas gerações futuras tenham a chance de prover suas próprias necessidades.
Impossível
neste contexto separar as necessidades de sobrevivência comuns a todos nós que
temos infindáveis contas a pagar e prover o sustento diário dos que dependem de
nós e dividem nossos lares e vidas, afinal somos todos nós filhos e filhas,
pais e mães, tios ou avós, pois conciliar ativismo ambiental, família,
trabalho, vida social (Sim, temos isso!) requer amadurecimento, esforço e
objetivos de vida para o presente e futuro, e pensarmos constantemente no
futuro estamos construindo para nós e nossas descendências.
Entretanto,
é importante salientar que assim como ocorrem em outros setores da sociedade
nem todos que se autocarimbam ou que agitam nossas bandeiras ambientais merecem
a atenção e respeito da população ou tenham seus discursos levados a sério.
Um
ativismo recheado de vontades e sonhos de melhorar o planeta Terra foi durante
muito tempo o arcabouço de nossa militância, só que para alguns os objetivos e
o raciocínios iniciais deram uma guinada de 180°, trocando tudo que foi
conquistado a duras penas pelo execrável, sórdido e maléfico comportamento de “criar
dificuldades para vender as facilidades” - com empresários e administradores
públicos aterrorizados de um lado e pseudoambientalistas do outro; com
brilhantes malabarismos e articulações com um lado varrendo a sujeira para
baixo do tapete e o outro “potencializando” dificuldades como moeda de troca
ávidos em sentir seus bolsos, cuecas e meias “cheios” da pecúnia do silêncio.
Um
ditado popular já sentenciava: “Quem com porco anda, farelo come”. Será?
Pseudoambientalistas
- se entrassem em extinção, não fariam a menor falta. Aos verdadeiros
ambientalistas, militantes de corpo, alma e cérebro: os louros da verdade e
justiça.
Yoshiharu
Saito
Pres.
Do Fórum Ecossocial da Baixada Fluminense
Gestor
e Perito Ambiental
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