terça-feira, 14 de abril de 2009

RECICLAGEM É FONTE DE INCLUSÃO SOCIAL?

POR OSWALDO MENDES

Se MPB é Música Popular Brasileira, qual o motivo do samba não ser enquadrado neste modelo? Tenha certeza que o samba não se encontra na lista dita como MPB, mas sim, nesta lista encontram-se alguns gênios da música que cantam samba.
Imaginem Bezerra da Silva cantando MPB, mas quando regravado, fica lindo. Não é? Ninguém critica quem escuta MPB, pois são pessoas cultas, mas quem escuta samba. Coitado!
Quando um caminhão carregado de tijolos fura um pneu na Ponte Costa e Silva(Rio-Niterói) é igual a quando ditos “ativistas” que paralizam duas cidades, por horas. Coitado.... do motorista.
Se pessoas fazem parte do ambiente, como escolher entre primeiro ambiente e pessoas. De novo, coitado do motorista.
É muito fácil ser ecologista atualmente. Em 1994, Michel Porter avisou que Meio Ambiente daria muito lucro. E assim se fez verdade.
Reduzir, Reciclar e Reutilizar é dito aos brados, mas poucos citam o conceito do Poluídor Pagador, pois este fere no seu bolso e muito menos modelos como ACV – Análise de Ciclo de Vida – NBR 14040 e NBR 14044(em revisão atualmente).
“Conhecer globalmente, mas agir localmente.” É considerada a base da Educação Ambiental.
Repassar à população a responsabilidade de tratar o seu resíduo é muito mais barato do que fazer uma Logística Reversa Ambiental. Adicione-se ainda a este quadro a baixa escolaridade de grande parte da população, a racionalização do trabalho, onde processos repetitivos são automatizados e a crise internacional da bolha imobiliária.
Levar da fábrica aos postos de venda garrafas e mais garrafas de refrigerante utilizando-se PET é a logística direta, que é relativamente fácil. Mesmo modelo para pilhas, pneus, tetra pak e outros. Agora fazer com que seja dado a estes resíduos um tratamento adequado ou retorno a produção para tratamento que é difícil. É a Logística Reversa Ambiental.
Como citei resíduos, a norma deve ser adotada para classificação é a NBR 10.004:2004. Em empresas deve-se cumprir a NR – 25(Norma Regulamentadora 25 do Ministério do Trabalho e Emprego – www.mte.gov.br )
Lembrando que o conceito de “desenvolvimento sustentável” leva em conta dois pontos: a economia e o Meio Ambiente.
Já o conceito de Sustentabilidade, além dos dois constantes em “Desenvolvimento Sustentável” leva também em conta a Sociedade.
Agenda 21, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o GRI devem ser objeto constante da atenção, seja da população ou de seus representantes legais.
Note que pouco se fala sobre o PPP – Princípio Poluidor Pagador e da Análise de Ciclo de Vida. Será qual o motivo? Quem pariu Matheus que o embale? Filho feio não tem pai? Desovar para a população a nossa responsabilidade? Socializar o prejuízo (ambiental)?
Trabalho onde “Agentes Ambientais” fazem a coleta de resíduos para reciclagem já é conhecido pela população a decênios. Processo onde o intermediário leva a grande vantagem. Aqueles que deste processo estão na ponta (catadores) é por muitas vezes estudado, mas efetivas propostas para que deste modelo não seja dependente, é muito mais difícil.
Para não fazer o aumento do sofrimento de pessoas é muito importante que não sejam tratados como peixes em um aquário ou como sambistas que não sabem cantar MPB.

SEMINÁRIO SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA PUC/RJ

Seminário sobre Recuperação de Áreas Degradadas vai mostrar pesquisa realizada em Cachoeiras de Macacu O Departamento de Engenharia Civil realizará na próxima quinta-feira (16/4) um seminário para apresentar a pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas executada pelo Laboratório de Avaliação, Monitoramento e Mitigação Ambiental no distrito de Japuíba, em Cachoeiras de Macacu (RJ). O seminário será ministrado pelo professor José Araruna, que vai mostrar os trabalhos de investigação de campo e laboratorial, as análises de estabilidade e o projeto final de recuperação da voçoroca gerada pela atividade agropecuária da região. O seminário é aberto aos interessados, às 16 h, na sala 501-L.
Semana de Meio Ambiente deve ter “alto impacto sensorial” Começaram na sexta-feira (3/4) os encontros para a organização da XV Semana de Meio Ambiente<http://www.nima.puc-rio.br/sobre_nima/eventos/sma2009/index.html>com a presença da turma de Eco-inovação (Design/Desenho Industrial), do professor Fred Gelli, o DCE (Diretório Central dos Estudantes), e a equipe do NIMA. Neste primeiro encontro se discutiu a necessidade da criação de suportes de comunicação adequados, que ofereçam baixo impacto na confecção de filipetas, cartazes e material em geral.
Outro ponto levantado foi a importância da participação dos alunos de todas as áreas na realização do evento. A multidisciplinaridade foi comparada a uma cesta de palha, onde a PUC é o esqueleto com fios de palha e os estudantes são as tramas que dão molde e estrutura ao cesto. A turma de Eco-inovação pretende utilizar sua arte e inventividade para persuadir as pessoas a participarem dessas idéias. A Semana de Meio Ambiente “pode ter baixo impacto ambiental, mas precisa ter alto impacto sensorial”, disse Gelli. As reuniões estão abertas aos interessados todas as terças às 14h no DCE. <http://www.nima.puc-rio.br/noticias/imagens/fred_front.jpg>

quarta-feira, 8 de abril de 2009

MANIFESTO ECO-SOCIALISTA CAIÇARA


MANIFESTO ECO-SOCIALISTA CAIÇARA
Canção Caiçara
“De onde vens, patrício, camarada, amigo?
Salta da canoa, vem pousar em paz.
És dos Alcatrazes ou do Bom Abrigo?
De uma das Queimadas ou dos Sanzalás?
Vens de Vila Bela, do Montão de Trigo?
Vais a Cananéia, vais aos Craguatás?
Venhas de onde vieres, com prazer te sigo,
Vás para onde fores, tu comigo irás.
É que em toda costa, paulistanamente,
Há uma só família, de tão boa gente,
Que em qualquer momento teu irmão sou eu.
Sem saber teu nome, dou-te o meu afeto,
E, no comunismo do meu pobre teto,
A farinha é tua, todo o peixe é teu.”
Martins Fontes.

Considerando que o planeta Terra se formou há quatro bilhões e seiscentos milhões
de anos atrás;
Considerando que a vida surgiu no planeta há pelo menos três bilhões e quinhentos
milhões de anos;
Considerando que o primeiro hominídeo surgiu há aproximadamente quatro milhões
de anos;
Considerando que o Homo Sapiens Sapiens apareceu no mundo há pelo menos cem
mil anos atrás;
Considerando que há indícios que a ocupação humana nas Américas remonta há pelo
menos cinqüenta mil anos;
Considerando que a primeira Revolução Agrícola ocorreu há cerca de dez mil anos;
Considerando que a primeira grande civilização americana surgiu há pelo menos três
mil anos atrás;
Considerando que os colonizadores europeus desembarcaram nas terras, que
atualmente denominamos Brasil, há pelo menos quinhentos anos;
Considerando o genocídio praticado por esses colonizadores quando chegaram à terra,
mais tarde, por eles denominada de Brasil e encontraram povos nativos, com no mínimo dez
milhões de pessoas e os dizimaram, restando, hoje, pouco mais de trezentos mil pessoas;
Considerando que a escravidão negra durou mais de trezentos anos, de 1550 até 1888,
sendo trazidos à força para o Brasil quatro milhões e quinhentos mil africanos;
Considerando que os Guaranis denominam de Pindorama a esta terra, que hoje
denominamos de Brasil;
Considerando que os Tupinambás denominavam Ibirapitanga, à planta que mais tarde
os europeus vieram a chamar de Pau-brasil;
Considerando que, hoje, somos os povos que habitam a mata atlântica, que os Tupis
chamam de Caá Etê;
Considerando que os peabirús (caminhos na mata), feitos pelos povos que aqui já
viviam, é que foram responsáveis pelo aparecimento dos nossos povoados;
Considerando que a língua oficialmente falada no Brasil até pelo menos cento e
cinqüenta anos atrás, era a língua franca Tupi, o Nhangatú;
Considerando que os Tupis e Guaranis chamavam a esses povos que vinham de fora
de Juruá;
Considerando que nós somos o povo a que os Tupis e Guaranis chamavam de
Caiçaras;
Respeitando todas as confissões de fé, filosofias e doutrinas religiosas que visem o
bem da humanidade e comprometidos com a liberdade de culto;
Pedindo a licença de Anhangá, de Jurupari, de Ypupiara;
Pedindo a proteção de Iemanjá, de São Sebastião, de São Vicente e de Todos os
Santos;
Pedindo as bençãos do Bom Jesus de Iguape, de Nhanderu e de Tupã;
Nós, Caiçaras, Socialistas e Ambientalistas reunidos na cidade de Santos, em 06 de
junho de 2004, lançamos o manifesto intitulado: Manifesto Eco-socialista Caiçara.

1- Pensamos que o eco-socialismo é uma doutrina filosófica e política, uma utopia
em permanente construção. É, também, um movimento internacional que se
insere na herança da tradição histórica da esquerda mundial.
2- Entendemos que o ser, a existência humana e o mundo nos colocam diversas
questões, de ordem filosófica e prática, que são bastante abrangentes e profundas
para toda humanidade. Sustentamos que o capitalismo não foi e nem é suficiente
para resolução desses problemas, muitas vezes causando outros ainda mais
graves.
3- Afirmamos que capitalismo e desenvolvimento ambientalmente sustentável são
incompatíveis. A preocupação com o enriquecimento, inerente à lógica do
mercado e do lucro, é a grande causa da atual degradação ambiental do planeta, e
deveria deixar de constituir a base dos valores da humanidade. A separação entre
o homem e a terra está na origem e no cerne da sociedade capitalista. Só assim
foi possível a mercantilização dos homens e da natureza. A lógica do mercado,
que pressupõe a divisão do trabalho, levou a uma especialização da produção e
do conhecimento. A lógica da concorrência impôs ritmos intensos ao processo
produtivo, incompatível com os fluxos de matéria e energia de cada ecossistema,
com os ritmos das pessoas, da vida, de cada povo e de cada cultura.
4- Pensamos que há a necessidade de uma nova visão do ser, da existência e do
mundo, porque a maior parte dos conceitos elaborados pela sociedade moderna
resultaram em grandes problemas e conflitos não resolvidos, que segundo a nossa
ótica, tendem a se agravar ainda mais. Os modelos existentes não são suficientes
para solucioná-los. Necessitamos de novos paradigmas, que se transformem em
novos marcos referenciais para nossa civilização.
5- Entendemos, por estas razões, que há a necessidade de um novo projeto político e
social, que seja mundial e que apresente uma visão sistêmica do conjunto das
estruturas e dos processos envolvidos.
6- Defendemos a humanidade, a natureza e a vida, em quaisquer de suas formas e, o
planeta em que vivemos e o respeito pelo universo e o cosmos.
7- Identificamo-nos com valores das tradições humanista, socialista e ambientalista.
8- Defendemos a ampliação e o aprofundamento da discussão sobre democracia,
cidadania e civilização como conceitos essenciais para o projeto social da
Modernidade, e para o aperfeiçoamento das relações sociais e antropológicas da
humanidade.
9- Acreditamos na possibilidade de desenvolvimento pleno do ser humano e de sua
auto-realização, sem que seja necessária a destruição da natureza.
10-Propomos relações mais harmoniosas entre o homem e a natureza, não
acreditando em conceitos de dominação ou de centralização nessas relações.
11-Entendemos que a espécie humana é parte da própria natureza, assim como, a
natureza também participa de todos nós, humanos.
12-Professamos o socialismo, enquanto utopia realizável, que pregue: a justiça
social e ambiental; a superação das desigualdades sociais e de direitos; a
possibilidade da libertação humana das relações de dominação e de exploração; a
defesa dos direitos humanos; o respeito às diferenças; o direito à natureza
preservada, para as presentes e futuras gerações humanas; a soberania dos povos
e das nações; a possibilidade de participação de todos, nos processos de decisão e
nas estruturas de poder; a gestão coletiva ou a auto-gestão dos meios de produção
econômica.
13-Defendemos a pluralidade étnica e cultural, como base para uma nova ordem
mundial, que leve em conta não somente o universal, mas também o regional.
14-Neste sentido, é essencial a importância da cultura para a transformação de nossa
sociedade. A visão centrada em uma única cultura, os padrões consumistas, a
cultura do desperdício, a cultura da dominação, a visão exclusivamente
economicista ou desenvolvimentista da humanidade, são concepções que
queremos rechaçar. Defendemos o livre acesso ao conhecimento, a livre
expressão e debate das idéias, a livre troca de informações e experiências, a plena
realização de nossas humanidades e, o desenvolvimento ético e espiritual da
humanidade.
15-Consideramos que a educação formal, dentro do atual modelo capitalista, tem a
competição como instrumento de motivação, seleção e avaliação, preparando os
educandos para o mercado de trabalho, deixando de lado as reflexões e os
anseios do ser humano.
16-Propomos a ruptura com o atual modelo educacional e a utilização de
metodologias no processo ensino/aprendizagem que trabalhem de forma
cooperativa, que levem em conta o comunitário e o público, a formação política,
as transformações sociais, a pluralidade e a diversidade, o ambiente e as
aspirações do ser humano.
17-Defendemos a biodiversidade como forma de preservação e conservação das
espécies vivas e, como patrimônio da humanidade que não deve ser vendido ou
apropriado por pessoas ou grupos econômicos.
18-Lutamos pela construção de sociedades humanas que sejam ambientalmente
sustentáveis, por uma simples razão: a da defesa da sobrevivência de nossa
espécie e de todas as formas de vida.
19-Propomos um reformular das ciências. A maior parte das ciências utiliza-se de
conceitos e modelos criados há muito tempo e que, hoje, se apresentam
inadequados à luz de descobertas contemporâneas. Para que haja uma filosofia
coerente com este corpo de conceitos, existe a necessidade de rearticulação dos
modelos existentes adotando novos paradigmas.
20-A ciência e a tecnologia são indispensáveis para a construção dessa nova
sociedade, onde não haja degradação ambiental e exploração do trabalho
humano, inclusive com diminuição da jornada de trabalho e aumento do tempo
livre. No entanto, não podemos nos deixar influenciar pela crença de que só
através da ciência e da tecnologia se poderão atingir tais objetivos. É a própria
noção de riqueza e de trabalho que precisam ser reelaboradas. Outras sociedades
foram capazes de subordinar o trabalho a objetivos mais éticos e sociais, sem se
deixar escravizar por ele.
21-A luta pela construção do eco-socialismo passa pela invenção de tecnologias
limpas, humanizadas e sociais, e por uma apropriação crítica e coletiva do
complexo tecnológico à disposição da humanidade. Devemos estar atentos e
abertos a todo complexo tecno-científico que o conhecimento produziu e,
sobretudo, saber adaptá-lo às particularidades sócio-culturais de cada povo, tanto
para recusá-lo como para dele nos apropriar, quando necessário.
22-Na atualidade, o capital financeiro, informatizado e mais globalizado, circula
rapidamente pelos mercados nacionais e internacionais, excluindo um grande
número de pessoas – a maior parte da humanidade atual – às quais não apresenta
nenhuma perspectiva de futuro, nem ao menos para as necessidades mais
concretas e urgentes, de subsistência e de sobrevivência, negando assim, a
mínima possibilidade de dignidade humana a essas pessoas. É este mesmo capital
que devasta florestas inteiras, que usa e contamina boa parte da água do planeta,
que polui o ar que respiramos com substâncias que nos causam graves doenças,
que causa desastres climáticos, onde morrem milhões de pessoas e se perdem os
bens mais básicos para a sobrevivência dessas pessoas, que incentiva padrões de
consumo, muito acima das necessidades concretas dos indivíduos e das
sociedades. Tudo isto com uma velocidade jamais experimentada por nossa
espécie, podendo ameaçar a própria continuidade de nossa existência no
universo.
23-Por outro lado, a atual concepção do Estado nacional, autoritário e centralizador,
não mais satisfaz às necessidades das amplas maiorias desprivilegiadas a que nos
referimos, e nem as inclui em um projeto de sociedade democrática.
24-Por tudo isto, entendemos que só seremos bem sucedidos na construção dessa
nova sociedade se esse novo mundo for socialmente justo e ambientalmente
sustentável.
25-É nesta conjuntura histórica que se apresenta para nós a importância dos valores
necessários para a realização dessa missão a que nos propomos. Por isto, é
fundamental a discussão sobre quais valores e princípios são essenciais para
realizar as transformações civilizatórias propostas.
26- Levando em conta os argumentos acima sustentados, vimos a necessidade de
questionar e de discutir as próprias relações de poder. Na atualidade, os poderes
econômico, tecno-científico, político e bélico, além de serem cada vez mais
globais, são também cada vez mais totalitários. É fundamental que a ética passe
a nortear as relações de poder. Para tanto, são imperiosas algumas grandes
transformações: a busca pela superação do capital; a democratização das
estruturas políticas e dos processos de decisão; a democratização e readequação
dos fluxos de matéria e energia; a alteração dos processos produtivos e de gestão,
sob o controle de todos; e o desarmamento das nações.
27-O Mundo deve passar por uma desmilitarização e a construção de uma economia
e de uma cultura para a paz, que propiciem uma transição para um
desenvolvimento mais eqüitativo e a efetivação de uma democracia global.
28-Sem que as premissas acima descritas sejam cumpridas, não vemos a
possibilidade do surgimento de uma nova humanidade, porque entendemos que
não será a existência de um único ser feliz e livre, que salvará o restante dos seres
e dos entes. Devemos nos empenhar para criar condições e relações que sejam
experimentadas por todos os seres vivos, inclusive nós os humanos. Em
harmonia com os demais seres, com o universo e o cosmos, em condições de
autonomia, de dignidade e de igualdade de direitos para todos.
29-Este manifesto é o eco, regional e caiçara, dos manifestos eco-socialistas
brasileiro e internacional.
30- Compreendemos que este documento é um documento aberto e em
construção. Consideramos que não só a revolução socialista deva ser permanente,
mas que também o eco-socialismo é resultado da reflexão, da discussão e da ação
contínuas.

Santos, 06 de junho de 2004

ONG 5º ELEMENTO MARCA PRESENÇA EM SEMINÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDO NA UERJ

Por Márcia Marques



O INSTITUTO AMBIENTAL CONSERVACIONISTA 5º ELEMENTO teve vez e voz no seminário organizado pela Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro para a apresentação do Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos. Este evento detalhou as novas políticas para gestão dos RSU, consolidou os Aterros Consorciados e descreveu o planejamento para se fechar diversos Lixões no Estado com a parceria técnica da UERJ. A Secretária do Ambiente do Estado Marilene Ramos abriu o evento juntamente com o Reitor da UERJ, a Secretária de meio ambiente de Mesquita e os representantes do Ministério do Meio Ambiente. Os palestrantes apresentaram o Plano de Trabalho e a nova estrutura organizacional do INEA e da Diretoria de Licenciamento Ambiental para o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos sólidos do Estado do Rio de Janeiro. Entre um intervalo e outro Márcia Marques, secretária executiva do 5º ELEMENTO, articulava a possibilidade de parcerias na execução de projetos ambientais com as Secretarias de Meio Ambiente da Região do Médio Paraíba e Baixada Fluminense.


Segundo Márcia Marques a existência de demanda na implementação da AGENDA 21 nesta região interessou o Superintendente Estadual Carlos Frederico Castelo Branco, que propôs o agendamento de uma reunião com a sociedade civil do Município de Paracambi para se discutir a criação do Fórum da Agenda 21.Vale ressaltar a presença do amigo Nelson Reis da ONG OMA Brasil e dos secretários de meio ambiente das Prefeituras do Médio Paraíba, todos em busca de soluções ambientais sustentáveis para o problema dos LIXÕES da região.

Durante os debates o Presidente do 5º ELEMENTO Edmardo Campbell questionou a atuação da Máfia do Lixo que tem se aproveitado da ausência do estado dentro das comunidades de catadores e a possibilidade do governo apoiar financeiramente a criação de cooperativas de recicladores nos municípios que receberão o Aterro Cosorciado.