Amigos e amigas, companheiros e companheiras de luta em defesa da "GRANDE MÃE NATUREZA", hoje o Instituto 5º Elemento completa 4 anos de muita determinação, espírito voluntário e aprendizado. Aprendemos que não devemos desistir na 1ª adversidade, devemos levantar a cabeça e seguir em frente; aprendemos que não devemos nos afastar de nosso caminho, devemos ter retidão em nossos propósitos impedindo que interesses individuais nos demovam de nossas metas; aprendemos que o indivíduo faz parte de um todo, como uma pequena célula que faz o corpo inteiro ter saúde ou uma pequena engrenagem que faz uma máquina imensa funcionar, protegendo o indivíduo, mantêmos o todo em equilíbrio. A prática destas e outras lições nos fazem crescer aos poucos, trazendo confiança para a execução da nossa missão. É claro que não agradamos a todos, mas algumas pessoas já acreditam e nos reconhecem como entidade ambientalista e isso é importante para nós! Agradecemos a todos e a todas que compartilham hoje dos nossos ideais, porque esta instituição pertence a todos vocês, OBRIGADO!
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável manifesta sua profunda indignação com a aprovação do projeto de Código Florestal pela Câmara dos Deputados em 25 de abril. A aprovação do relatório do deputado Paulo Piau representa o maior retrocesso na legislação ambiental na história do País.
Se o texto aprovado pelo Senado já significava anistia aos desmatamentos ilegais e incentivos a novos desmatamentos, os deputados conseguiram o que parecia impossível: torná-lo ainda pior. O texto revisado pela Câmara dos Deputados, além de ferir os princípios constitucionais da isonomia, da função social da propriedade e da proibição de retrocessos em matéria de direitos fundamentais, fere frontalmente o interesse nacional.
Usando hipocritamente o discurso de defesa dos pequenos proprietários, os deputados derrubaram as poucas melhorias que o Senado efetuou e aprovaram um texto que apresenta incentivos reais a novos desmatamentos, inclusive em nascentes e outras áreas de produção de água, ocupações em manguezais (apicuns), e permite benefícios econômicos mesmo para quem continuar a desmatar ilegalmente.
Considerando a inconstitucionalidade do projeto e a contrariedade ao interesse nacional, que trazem perversos impactos na vida de todos brasileiros, confiamos e apoiamos o compromisso da presidenta Dilma de não aceitar anistia a crimes ambientais, redução de área de preservação permanente e incentivos aos desmatamentos, o que só ocorrerá com o Veto Total ao projeto aprovado na Câmara.
Brasília, 26 de abril de 2012
O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável é coordenado pelas seguintes organizações:
Amazônia Para Sempre ABONG CNBB Coalizão SOS Floresta (Amigos da Terra - Amazônia, APREMAVI, FLORESPI,Fundação Grupo Boticário, Greenpeace, ICV, IMAFLORA, IPAM, ISA, SOS MataAtlantica, WWF Brasil, Sociedade Chauá SPVS) Comissão Justiça e Paz – CJP CNS Comitê Inter-Tribal CONIC CUT FETRAF FNRU FASE FBOMS FETRAF Forum de Mudança Climática e Justiça Social Fórum ex-Ministros Meio Ambiente GTA IDS INESC Instituto Ethos Jubileu SUL OAB Rede Cerrado; Rede Mata Atlântica REJUMA Via Campesina (ABEEF, CIMI, CPT, FEAB, MAB, MMC, MST, MPA, MPP e PJR)
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra, CPT, diante da aprovação pela Câmara dos Deputados, na noite de ontem, do assim chamado Novo Código Florestal, quer se juntar ao coro de milhões de brasileiros para manifestar sua indignação diante da imposição da vontade da bancada ruralista sobre a nação brasileira, colocando em risco, como advertiram numerosos cientistas, o próprio futuro do nosso país.
Na verdade é muito difícil entender como uma população rural que, segundo o último censo de 2010, representa somente 16% do total da população brasileira, esteja tão superrepresentada na Câmara dos Deputados, já que a Frente Parlamentar da Agropecuária é composta, segundo seu próprio site, por 268 deputados, 52,24% dos 513 deputados eleitos. Para fazerem valer suas propostas, os ruralistas se escondem atrás do discurso da defesa da pequena propriedade, quando é de clareza meridiana que o que está em jogo são os interesses do agronegócio, dos médios e grandes proprietários. Estes, segundo o Censo Agropecuário de 2006, ocupam apenas 9,12% dos estabelecimentos rurais com mais de 100 hectares e juntos somam 473.817 estabelecimentos que, no entanto, ocupam 78,58% do total das áreas.
Mesmo assim, a bancada ruralista e seus seguidores ainda ousam dizer que a oposição ao que eles votaram vem de uma minoria de ambientalistas radicais. Muito corretamente falou o professor titular de Economia da PUC de São Paulo, Ladislau Dowbor: “É preciso resgatar a dimensão pública do Estado. O Congresso tem a bancada das montadoras, a das empreiteiras, a dos produtores rurais, mas não tem a bancada do cidadão!”.
A Comissão Pastoral da Terra espera que a presidenta Dilma honre a palavra dada ainda na campanha eleitoral de não aceitar retrocessos na lei florestal, comprometendo-se a vetar os pontos que representassem anistia para os desmatadores ilegais e a redução de áreas de reserva legal e preservação permanente. Espera que a presidenta não compactue com a imposição da bancada ruralista e vete este texto. A natureza e o Brasil vão agradecer.
A Coordenação Nacional da CPT
Maiores Informações:
Cristiane Passos (Assessoria de Comunicação da CPT Nacional) – (62) 4008-6406 / 8111-2890
Antônio Canuto (Assessoria de Comunicação da CPT Nacional) – (62) 4008-6412
Duas décadas se passaram desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento -Cúpula da Terra ou Rio ‘92 - considerada a mais importante conferência ambiental mundial até hoje. Com o objetivo de avaliar o progresso feito desde então, as lacunas que ainda existem na implementação de resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes, o Brasil sediará novamente um encontro de grande porte organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. Reconhecendo a importância deste momento de renovação do compromisso político mundial com a questão ambiental, e compreendendo a cultura como pilar estratégico para o desenvolvimento sustentável, o Instituto Brasileiro de Museus, vinculado ao Ministério da Cultura (Ibram/MinC), convida museus e entidades culturais do Estado do Rio de Janeiro a colaborarem na elaboração de um roteiro cultural Museus Rio +20. O objetivo é convocar a comunidade a discutir, vivenciar e trocar experiências e reflexões que conduzam à dimensão da diversidade cultural como vetor de desenvolvimento humano.
Os interessados em participar devem se cadastrar no portal Museus Rio +20 e inserir as informações relativas à programação do museu durante a Conferência, realizando a inscrição das ações a serem realizadas, como seminários, exposições, oficinas, espetáculos, mesas redondas, visitas guiadas, exibições de filmes, entre outras. A efetiva inclusão da programação do museu no roteiro cultural acontecerá somente com a inscrição.
A realização das ações e das atividades fica sob responsabilidade da própria instituição, cabendo a ela garantir os meios e instrumentos técnicos necessários para o seu desenvolvimento. Ao Ibram/MinC cabe divulgar a programação dos museus do estado do Rio de Janeiro e produzir e distribuir o material relativo ao roteiro cultural Museus Rio +20.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail museusrio+20@museus.gov.br ou pelos telefones (61) 3521.4019 / 4032.
Rio de Janeiro - O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) criou uma secretaria para coordenar as atividades dos catadores durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Cnuds), a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 23 de junho.
Um dos coordenadores do Centro de Referência do MNCR, Roberto Laureano, disse à Agência Brasil que o objetivo é criar um espaço em que a questão dos catadores no Brasil e no mundo será debatida. Serão apresentadas também novas tecnologias sustentáveis que poderão ser usadas pelos atadores. Um exemplo são carrinhos elétricos que ajudarão os trabalhadores a recolher o lixo, desenvolvidos em parceira com a Itaipu Binacional.
“A ideia é ter um espaço onde os catadores do Brasil e do mundo possam conversar, se encontrar, fazerworkshops”, explicou Laureano.
O MNCR está em busca de apoio financeiro junto a empresas e entidades parceiras para cobrir os custos de cerca de R$ 150 mil para o aluguel de uma tenda que será montada no Aterro do Flamengo durante a Cúpula dos Povos.
Os catadores participarão da coleta seletiva e de atividades de educação ambiental na própria cúpula . Todo o material irá para as associações de catadores do município do Rio, que se encarregarão da separação do material recolhido.
Atualmente, mais de 500 empresas brasileiras têm relação direta com o MNCR.
Rio de Janeiro – Um grupo de ambientalistas promoveu no fim da manhã de hoje (22), no Rio de Janeiro, um ato simbólico para marcar o Dia da Terra. Eles estenderam faixas e cartazes na areia da Praia de Copacabana em protesto contra a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Organizada pelo Comitê Fluminense pelas Florestas, com apoio do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de Mobilização para a Cúpula dos Povos (GT Rio) e da organização não governamental (ONG) Greenpeace, a manifestação seria uma passeata pela orla de Copacabana. Mas, por causa da chuva que atinge a capital fluminense neste domingo, no entanto, o grupo decidiu transferir o protesto para a área em frente ao Hotel Copacabana Palace e marcar um novo dia para promover a Marcha pelo Meio Ambiente. A data da marcha ainda será definida.
Para uma das organizadoras do movimento, Elzimar Gomes da Silva, apesar de a chuva ter atrapalhado os planos iniciais do grupo, o protesto foi importante para alertar os cidadãos sobre essas questões. “Precisamos continuar a luta para mobilizar a população e mostrar que queremos um Código Florestal melhor, que respeite o campo. As manobras políticas e a maneira como o meio ambiente está sendo desconsiderado são questões relevantes. Do jeito que está, o código autoriza a ocupação em manguezal, em topo de morro e várias outras questões que são prejudiciais ao meio ambiente”, explicou.
A coordenadora do grupo de voluntários do Greenpeace no Rio, Vânia Stolze, que também participou do protesto, criticou a decisão do relator do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), de retirar do texto aprovado pelo Senado o Artigo 62, referente às áreas de preservação permanente (APPs) às margens de rios, que, segundo o deputado, trata-se de um assunto que deve ser abordado em outro momento, por meio de projeto de lei ou medida provisória.
“É escandaloso ter a margem dos rios desprotegida. O Brasil precisa da sua água, toda a nossa geração de energia é feita praticamente a partir de hidrelétricas. As alterações propostas no relatório geram um retrocesso muito grande”, opinou. Vânia Stolze disse ainda que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é “muito preocupante” pelo impacto ambiental “sem medida” que gera.
“A energia elétrica que será gerada não vai favorecer o Sudeste, que é quem mais precisa no país, mas as siderúrgicas que estão instaladas lá perto. Além disso, há questões como o desvio do Rio Xingu e a retirada de um enorme volume de terra para a sua construção, que vão gerar desmatamentos e outras consequências sobre as quais nem temos noção”.
Vânia lamentou ainda que o Brasil não tenha resolvido essas questões antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Os ambientalistas estão muito desanimados porque, com a realização da conferência, o mundo todo vira os olhos para cá. O país pode se desenvolver, mas sem agredir tanto o meio ambiente”, disse.
Também foram programados protestos em outras cidades do país. Em Brasília, a organização não governamental ambientalista WWF programou um voo do balão da ONG na Esplanada dos Ministérios, no coração da capital do país. O balão é famoso por estampar um urso-panda, logomarca da WWF. A esplanada concentra a programação do aniversário de 52 anos de Brasília.
Rio de Janeiro – Os jovens que vão participar da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, insistem em acampar no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade. No aterro, argumentam que terão mais visibilidade social, além da facilidade de ficar próximo dos locais de debates dos dois eventos. Também há um motivo histórico: o Aterro do Flamengo recebeu, há duas décadas, o acampamento do Fórum Global, durante a Conferência Rio 92.
O assunto faz parte dos debates do Enlace das Juventudes, que começou ontem (20) e prossegue até amanhã (21), no Rio, e que reune representantes de vários estados e países, membros do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20. Representantes de organizações não governamentais ligadas à juventude não querem acampar na Quinta da Boa Vista, que fica na zona norte da cidade e que foi escolhida pela prefeitura do Rio para receber os acampamentos.
Para o estudante e membro da Rede da Juventude pelo Meio Ambiente (Rejuma) Adenevaldo Teles Júnior, a presença dos jovens - a maioria estudantes - no Aterro do Flamengo vai garantir maior integração dos participantes com a sociedade, além de facilitar o acesso aos debates, marcados para ocorrer em uma área próxima ao Museu de Arte Moderna (MAM).
“Estamos em busca de um espaço que garanta voz à juventude. Mas, infelizmente, não percebemos uma garantia para que os jovens se façam presentes. Estão querendo abafar nossa mobilização. O Aterro do Flamengo é um local muito mais visível. Temos esperança de que a decisão da prefeitura [de levar o acampamento para a Quinta da Boa Vista] seja revertida. Nós temos experiência de acampamentos com até 8 mil pessoas e conhecimento suficiente para dizer que vai dar certo”, disse Teles Júnior.
A estudante de geografia Camila Mello, que faz parte do comitê organizador da Cúpula dos Povos, também criticou a decisão de levar o acampamento para a zona norte do Rio. “É muito ruim porque fica distante da cúpula e as pessoas virão com dinheiro contado para gastar com transporte. Estar próximo da cúpula facilita muita coisa, como a locomoção e a articulação política”.
Ela também reclamou da falta de dinheiro público para financiar a presença dos movimentos sociais. “A Cúpula dos Povos optou por não receber dinheiro da iniciativa privada, para termos um espaço mais autônomo. Estamos esperando o financiamento do governo, que poderá chegar em cima da hora, o que vai dificultar muito nossa organização”, disse Camila.
Também participam do Enlace das Juventudes, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Praia Vermelha, representantes de outros países. Para a romena Diana Tircomnicu, recém-formada em administração de empresas e inovação, o objetivo é garantir um papel de destaque para os jovens durante a Rio+20. “Queremos ser ouvidos, ser protagonistas. Essa crise é social e econômica, mas também é da juventude, que tem um papel importante para solucionar o problema. Temos que ser ativos, não podemos deixar que as coisas sejam determinadas pelos outros”, disse a romena.
A francesa Clotilde Tronquet, estudante de ciências políticas, lembrou que as lutas dos jovens são as mesmas da dos demais cidadãos. “Os estudantes têm que se unir aos demais movimentos globais, formando uma só rede. Quem não puder estar presente aqui, vai estar conectado pela internet”, disse Clotilde.
Visita técnica realizada por membros do Comitê Guandu
1 mês após início das operações de Seropédica
foto: Márcia Marques tirada 06/05/2011 - lagoa de chorume
Prefeitura do Rio promete para abril fim do aterro sanitário de Gramacho Depósito possui 60 milhões de toneladas de lixo acumuladas. Lixo vai para aterros em Seropédica, Nova Iguaçu e Paracambi.
A prefeitura do Rio decidiu antecipar para abril o fim do aterro
sanitário de Gramacho, na Baixada Fluminense. O fechamento gradativo do
lixão começou em abril de 2011 e estava programado para terminar em
junho deste ano. Com 1,3 milhão de metros quadrados, o depósito possui
60 milhões de toneladas de lixo acumuladas.
O RJTV lançou na segunda-feira (9) a campanha "Rio + limpo", que discute o impacto do lixo na cidade.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, vai custar mais para o Rio de Janeiro dar um destino adequado ao seu lixo, mas que essa era uma dívida que o governo tinha com a cidade.
“A prefeitura do Rio comete o maior crime ambiental da Baía de
Guanabara com o lixão de Gramacho. A gente veio dar solução para esse
problema. Eu acho que o momento adequado é o de abril, às vésperas de
nós mais uma vez recebermos uma conferência da ONU sobre o meio
ambiente. O custo de poluir era R$ 100 milhões mais barato do que o
custo de cuidar de maneira adequada do meio ambiente, mas é um custo que
vale a pena a cidade pagar”, disse Paes.
A prefeitura promete seis centros de triagem até 2014. Os centros terão
esteiras e os catadores passarão a atuar como separadores de lixo,
aumentando a reciclagem de 1% para 5%.
Lixo do Rio vai para Seropédica
Com o fim do aterro sanitário de Gramacho, as 8,5 mil toneladas de lixo
da cidade do Rio de Janeiro vão para a Central de Tratamento de
Resíduos de Seropédica. O restante que vinha de outros municípios vai
para a central deNova Iguaçu e uma a ser inaugurada em Paracambi, todos
também na Baixada Fluminense.
A proposta inicial no caso do Rio era um terreno em Paciência, na Zona
Oeste, que foi vetado pelo Ministério Público. O aterro de Seropédica
garante tecnologia de ponta. No entanto, a Universidade Federal Rural do
Rio (UFRRJ) tenta na Justiça impedir o funcionamento do lixão. O novo
vizinho é visto como ameaça às pesquisas porque começou a operar sem um
estudo de impacto ambiental.
O economista ambiental Cícero Pimenteira, da UFRRJ, não considera o
aterro o melhor destino para o lixo. “As tecnologias mais utilizadas
atualmente no mundo, que estão em pronto-uso, como por exemplo a
incineração de lixo, reduz para cerca de 10% do volume o lixo a partir
da incineração, e ainda tem a vantagem de gerar energia elétrica com a
incineração”, disse.
“No Brasil não há nenhum incinerador de porte que converta o lixo em
energia. Por que? Porque o lixão custa R$ 5 para o prefeito, um aterro
sanitário, a tonelada de lixo custa R$ 50 ou R$ 60, e a incineração hoje
custa R$ 130 a tonelada”, disse o secretário estadual de Meio Ambiente,
Carlos Minc.
O aterro de Seropédica ganha da Comlurb R$ 38 por tonelada de lixo.
Para receber todo o lixo do Rio de Janeiro serão R$ 10,3 milhões por
mês. O contrato é por 15 anos: tempo estimado de vida útil do aterro que
recebe o lixo sem reciclagem. O gás metano gerado do lixo será usado
para produção de energia e para a comercialização para gás veicular e de
cozinha.
No entanto, de acordo com especialistas, ainda não é o ideal: “Jogar
simplesmente o lixo na cidade em aterro sanitário não vai resolver o
problema do lixo no estado do Rio de Janeiro. Existe uma lei que obriga
as prefeituras a fazer coleta seletiva, reciclar resíduos da construção
civil. Ai você consegue ter uma política de redução de lixo. Ai sim,
você constrói central de tratamento de resíduos onde tem um aterro
sanitário, junto com usina de triagem, estação de compostagem,
biodigestores e ai você consegue aumentar a vida útil do aterro
sanitário e gerar um lixo mais inerte nesse aterro", disse o engenheiro
civil sanitarista Adacto Ottoni.
Lixo reciclável como fonte de rendaO
lixo reciclável vai continuar sendo fonte de renda, mas de maneira bem
mais agradável. Quem durante anos sobreviveu do lixo agora busca
alternativas reaproveitando o material reciclável, mas desta vez sem
enfrentar sujeira e mal cheiro. Há menos de seis meses, dez ex-catadores
montaram uma pequena fábrica, onde produzem 50 vassouras de garrafa pet
por dia.
Cristiano Rodrigues sustenta a família desde os dezessete anos com o
que catava no lixão: “É um trabalho honesto. Voltar a catar lixo é
voltar para trás, e eu não quero andar para trás. Quem anda para trás
não dá certo. Eu quero andar para frente”, disse ele. 'Lixo extraordinário'
São as dificuldades que levam as pessoas até o lixões. Anos a fio,
trabalhando no meio da sujeira, com risco de doenças... Debaixo de sol e
chuva. A rotina cruel dos catadores de Jardim Gramacho ganhou projeção e
o documentário "Lixo extraordinário" chegou a disputar o Oscar na
categoria no ano passado.
Mostra a vida de gente como Roberta Oliveira, que enfrentou o lixão
durante 15 anos: “Já tinha 2 filhos e precisava trabalhar. Meu irmão
tinha sumido durante uma semana e ai ele chegou em casa depois de uma
semana com muito dinheiro. Quando eu cheguei me assustei. Foi um choque e
eu me perguntava o que eu estava fazendo ali. Tudo a gente tem uma
missão. Aqui eu aprendi muito. Eu aprendi que o ser humano não é o que
pensa o que é. Pode ser mais”, disse.
A data para o fim do aterro de Gramacho está próxima e os catadores já
estão preocupados: “Não adianta fechar o aterro primeiro para depois
discutir. Você tem que discutir o processo antes, antes do último carro
entrar dentro de Gramacho, para que isso venha minimizar”, disse Tião
Santos, presidente da Associação do Aterro Metropolitano do Jardim
Gramacho.
Tião é um dos responsáveis pelas negociações que tentam reduzir as
incertezas sobre o futuro de 1,8 mil pessoas. Um conselho gestor formado
na maioria por catadores, e com representantes do Ministério Público,
dos governos federal e estadual já aprovou a criação de um fundo
financiado pela Caixa Econômica Federal para o consórcio que administra o
aterro. Será uma espécie de compensação por um trabalho que o poder
público deixou de fazer.
"Esse fundo vai servir para atender os anseios dos catadores. O catador
que queira construir sua casa, reformar casa que tem, queira entrar no
mercado formal, então esse fundo vai ser dividido mensalmente em
parcelas para que ele possa se qualificar, enquanto isso, ele recebe a
bolsa para se qualificar", completou Tião.
Rio de Janeiro - Cerca de mil catadores que atuam no Aterro de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, se reuniram hoje (31), em assembleia, para discutir e aprovar as regras de utilização dos recursos do fundo de apoio à categoria, de R$ 1,4 milhão por ano. A assembleia foi uma iniciativa do Conselho de Liderança dos Catadores de Gramacho, com o apoio da Secretaria Estadual do Ambiente e da prefeitura de Duque de Caxias.
Terão prioridade às pessoas que adquiriram deficiências por causa do trabalho de catação e os idosos. Também foi decidido que os recursos podem ser investidos em um negócio próprio ou aplicados para gerar renda, para que os catadores possam reorganizar a vida.
Segundo o coordenador do Movimento dos Catadores do Estado do Rio de Janeiro e integrante do Conselho de Lideranças de Gramacho, Alexandre Freitas, a maior preocupação é com relação aos idosos. “Defendemos que os idosos e os que possuem deficiência recebem os recursos de forma integral. A nossa preocupação é garantir a renda para os idosos que já não tem mais condições de continuar trabalhando”.
Há cerca de um ano, a Secretaria Estadual do Ambiente assumiu o compromisso com os catadores de buscar parcerias governamentais e não governamentais para assegurar o futuro dos catadores e suas famílias, após o fechamento do aterro, previsto para junho deste ano.
No dia 9 deste mês, após reunião com o chefe de gabinete da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo de Santana, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou a antecipação, pela Caixa Econômica Federal, de dez anos de recursos do Fundo de Apoio ao Catador de Gramacho – cerca de R$ 14 milhões para os catadores.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, deve oficializar a criação de um pacto político em prol dos catadores, envolvendo os governos federal, estadual e municipal, a sociedade civil e a iniciativa privada no dia 15 de maio, no Rio de Janeiro.
Brasília – O Brasil chega aos 30 anos de uso da energia nuclear com recorde de produção de 15,644 milhões de megawatts-hora (MWh), registrado no ano passado, e a possibilidade de, com a conclusão de Angra 3, em 2016, ter 60% do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro abastecidos pela fonte nuclear. Hoje, as duas usinas nucleares em funcionamento no país, Angra 1 e Angra 2, geram o equivalente a 30% do que é consumido no estado.
Na avaliação do presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, o uso da fonte nuclear para geração de energia trouxe ao país maturidade tecnológica na área, abrindo o campo de trabalho e colaborando para a formação de engenheiros nucleares de padrão internacional. “A principal vantagem que tivemos foi o aprendizado”, avaliou.
Para Othon Pinheiro, hoje, não se pode prescindir da fonte nuclear de energia que, na sua opinião, não pode ser descartada da matriz energética nacional. “É muito importante na geração de eletricidade, porque nós temos, hoje, no Brasil, 80% da população vivendo nas cidades. A sustentabilidade das cidades passa pela energia elétrica, da forma mais econômica e racional possível”.
Ele, inclusive, refuta o posicionamento de ambientalistas, que fazem oposição ao uso da energia nuclear, defendendo que, “se tratada de forma adequada, é uma fonte de energia limpa e não deve ser descartada da matriz energética nacional”.
Othon Pinheiro lembrou da característica estratégica da energia nuclear, por ser opção em caso de problemas na oferta de energia elétrica devido a questões climáticas, já que a matriz energética é majoritariamente hidrelétrica. “Precisamos da [fonte de energia] eólica, da solar. Seria bom se elas trabalhassem sozinhas. Mas a gente precisa das térmicas, para acionar em caso de problema da natureza. Energia é como ação [da Bolsa de Valores]. Por melhor que seja, a gente tem que comprar uma cesta de papéis para garantia do investimento”. Para o presidente da Eletronuclear, o país não pode descartar nenhuma fonte de energia renovável.
Ele defende a geração de energia nuclear por considerá-la de baixo impacto ambiental e por questões de custo. Pinheiro ressalta que, dentre as térmicas, como as que produzem energia a partir do carvão, óleo combustível ou gás, a usina nuclear é a que tem menos custo. Além disso, ele lembra que o Brasil tem uma grande reserva de urânio, sendo “falta de imaginação” não aproveitar esse potencial.
Angra 1, a primeira usina nuclear a entrar em funcionamento no país, foi interligada ao sistema elétrico nacional no dia 1º de abril de 1982. E, mesmo contestando a real necessidade do Brasil lançar mão dessa fonte de energia tão controversa, o físico Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, acredita que a geração de energia nuclear constitui um fato histórico. “A gente não pode se arrepender da história. Ela é como é”, disse Pinguelli à Agência Brasil.
Diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Pinguelli, no entanto, enfatiza que geração de energia a partir da fonte nuclear não pode ser vista como imprescindível para o país. Para ele, a energia produzida pelas usinas Angra 1 e 2 poderia ser compensada por outras fontes de energia renováveis. “Por hidrelétricas mesmo. Até agora, não haveria problema”.
Ele relembra o acordo nuclear bilateral, firmado entre o Brasil e a Alemanha, em 1975, que previa a construção de oito reatores, definindo que nem tudo correu bem em relação à energia nuclear no Brasil. “Acho que o acordo com a Alemanha foi malsucedido do ponto de vista brasileiro”. Os custos elevados e as seguidas crises econômicas fizeram, no entanto, com que apenas duas usinas fossem construídas no país até agora.
Pinguelli, por outro lado, concorda com Othon Pinheiro sobre o ganho tecnológico que a geração nuclear propiciou ao Brasil, embora a um custo muito elevado. “Criou-se uma competência na engenharia nuclear. Os dois reatores que o Brasil tem funcionando têm boa performance técnica”. O físico destacou, ainda, como avanço tecnológico o aprendizado relativo ao enriquecimento do urânio. “Acho que esse é o ponto, tecnologicamente, mais elevado, promovido pela Marinha de Guerra”.
Segundo matéria da Agência Brasil, daqui a 3 anos a eletronuclear vai concluir obra a 1ª célula para armazenar o LIXO NUCLEAR da Usina de Angra!!! Vai a pergunta: Se o Brasil vai completar 30 anos de utilização de ENERGIA NUCLEAR, onde estão guardando o O LIXO NUCLEAR ATÉ HOJE??? Alguém pode me responder?
CONFIRAM A REPORTAGEM ABAIXO!
01/04/2012 - 10h55
Alana Gandra Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras que administra a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, vai concluir a construção da primeira célula-demonstração para contenção do lixo atômico das usinas nucleares dentro de três anos, conforme informou o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro. Ele garante que o sistema de armazenamento dos rejeitos nucleares é seguro.
A técnica adotada faz o encapsulamento de cada célula do combustível e, depois, o encapsulamento do conjunto de elementos combustíveis atômicos. “É uma proteção a mais”, observa Othon Pinheiro.
Segundo ele, o armazenamento não será imposto a nenhum município, mas aquele que se dispuser a estocar esse lixo será remunerado. “[O município] ganhará royalties por isso. Se nós tivermos a competência para demonstrar que [o sistema] é seguro, vai ter muito município com densidade populacional baixa, sem utilização para terrenos públicos, que vai ganhar com isso, sem nenhuma consequência para a população”.
Apesar de o programa nuclear brasileiro estar sendo revisto, em função do acidente que abalou a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, há um ano, Othon Pinheiro acredita que não há razão para interromper a construção de centrais nucleares no país.
Em construção, Angra 3 deverá entrar em funcionamento em 2016 e vai gerar 1.405 megawatts (MW) de energia. Somando com a produção das outras duas usinas em funcionamento, Angra 1 e 2, contribuirá para a geração de 60% da energia consumida no estado do Rio de Janeiro. Othon Pinheiro destacou que, nos últimos dez anos, a contribuição de energia térmica nuclear ao sistema integrado nacional fica, pelo menos, dentro da média de 2.015 MW.
Para o presidente da Eletrobras, o acidente de Fukushima, um grande vazamento de radiação depois que os reatores foram sacudidos por um forte terremoto terremoto seguido de tsunami, em março do ano passado, acabará provando que a energia nuclear dificilmente será abandonada onde é adotada no mundo.
Mesmo descartando problemas similares aos de Fukushima, a Eletronuclear decidiu construir o prédio do reator de Angra 3 à prova de terremoto. De acordo com Othon Pinheiro, a rotina de trabalho na central nuclear brasileira prima pela segurança e pela qualidade de treinamento do pessoal.
Rio de Janeiro - Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio do Grupamento Aéreo e Marítimo da Polícia Militar (GAM) localizaram na manhã de hoje (31) uma mancha de óleo a 20 quilômetros (km) da Praia de Ponta Negra, no município de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo o Inea, a mancha tem cerca de 2 km de extensão e a estimativa é que tenham sido derramados no mar 1,6 mil litros de óleo.
A presidenta do Inea, Marilene Ramos, solicitou apoio à Petrobras para a cessão de equipamentos especiais para a contenção e a dispersão da mancha, para prevenir qualquer possibilidade de que o óleo atinja as praias da região. O Inea informou também que fará coleta do óleo, com o apoio da Capitania dos Portos, para identificar a origem do material.
A mancha está localizada em uma rota de navegação, o que leva à hipótese de que o óleo tenha vazado de alguma embarcação. O Inea está monitorando o trajeto da mancha, que foi denunciada ao órgão ambiental por pescadores de Cabo Frio, na Região dos Lagos.
Brasília - O excesso de burocracia é um dos principais entraves que impedem o cumprimento da determinação de acabar com os lixões até 2014, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A reclamação dos prefeitos é que o prazo é apertado para cumprir todas as exigências previstas na lei. O prefeito de Paranaguá (PR), José Baka Filho, disse que a cidade aguarda há seis anos a liberação de recursos para a construção de um aterro sanitário. “O lixão é uma chaga, uma doença enorme dentro da cidade. Além dos problemas de ordem ambiental, nos deparamos com os problemas de ordem burocrática”.
Além de determinar o fim dos lixões em todo o país, a nova legislação prevê a redução gradual do volume de resíduos sólidos recicláveis que ainda são enviados aos aterros. A ideia é que, cada vez mais, esse material seja encaminhado para tratamento e reciclagem adequados.
A secretária de Meio Ambiente de Mesquita (RJ), Kátia Perobelli, reclama que, além da burocracia, há o alto custo para construir um aterro sanitário. Em Mesquita, a coleta seletiva de lixo é feita desde 2005, em parceria com cooperativas de catadores. “Os municípios não vão conseguir cumprir o cronograma da lei. Em Mesquita, temos sete anos de programa e, hoje, só consigo enviar 1,6% do lixo reciclável da cidade para as cooperativas”, explicou.
A lei também determina que, até agosto, os municípios iniciem seus planos de gestão de resíduos sólidos. “Só receberão recursos para programas de resíduos os municípios que tiverem, pelo menos, iniciado a elaboração de seus planos”, explicou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa.
Ele ressaltou que o Ministério tem diversos programas para incentivar os municípios na adoção da lei. Entre eles, o que incentiva a chamada logística reversa, que é o retorno para a indústria de materiais como embalagens, eletroeletrônicos e pneus, para que possam ser novamente aproveitados pelo fabricante. Além disso, será lançado um programa para incrementar a reciclagem em 153 municípios que tenham aterros sanitários. “Esse programa atingirá 70 milhões de habitantes”, informou o secretário.